quinta-feira, 20 de novembro de 2008

2ª Epístola aos Coríntios

Vim até aqui respirar um pouco. O dia mais chato que cansativo vai passando. Recriar em beleza esta profissão que é dever de estar atento e sobretudo activo. Não perder o momento de tentar crescer ainda que muito pouco pelo caminho da possível ajuda.Se o não conseguimois pelo menos tenta-se E quem nos ajuda a nós? Nós próprios em primeiro lugar
e assim,
Retomo a reflexão do dia anterior, em forma de epístola, há que Reafirmar e Sublinhar os Nossos Valores e Princípios, verdade indesmentível.
A Advocacia sem princípios e valores é mais estrume que raíz, madeira que nunca será árvore.
e,
Os próprios princípios e valores obrigam a uma Maior Protecção e Assistência do Advogado enquanto Advogado.
Se repararem(vou-vos confessar) eu escrevo sempre Advogado, mesmo em documentos oficiais, com letra Grande, para sublinhar que não me identifico com os mercenários que ouvem mais o tilintar do bolso que as súplicas do constituinte.
Bom, tenho também de vos confessar que me preocupo muitíssimo com os advogados que vivem apenas e exclusivamente do seu trabalho.Claro que nos grandes escritórios de sociedades ou empresas há que dar especial atenção ao rigoroso cumprimento dos nossos Estatutos para que Nunca um Advogado ou uma qualquer Entidade Patronal subordine outro Advogado à condição de SUBORDINADO SALARIAL, EMPREGADO INTELECTUAL ÁS VEZES BRAÇAl. O Advogado que vive, profissionalmente, consigo apenas, tem de se amedrontar e conquistar e ser sempre um vencedor ainda que tudo o queira fazer cair. Se for um bom Advogado será sempre o meu melhor Exemplo Profissional.
Pois é, mas infelizmente ainda não é o que acontece e, em especial, os jovens têm sido, demasiadas vezes esquecidos, ficando na gaveta as boas práticas colegiais
Mas TODOS precisam e exigem maior empenho e protecção da nossa Ordem e bem assim da nossa Caixa de Previdência dos Advogados...

Meus caros estou a escrever ao sabor da espontaneidade mas tal como em tudo não se devem lamber os pensamentos, ou se aceitam ou se rejeitam. Podemos e devemos reflectir para Enriquecer, nunca para Adornar.

Lembram-se de eu vos ter falado na Vinheta?

Até breve, um abraço

2 comentários:

A Joana disse...

É triste ver que a ideia do SER ADVOGADO morre entre esquecimentos do que deveria estar inerente ao porte de uma cédula. O tilintar das moedas já só cede perante o contar das notas e as súplicas do constituinte servem apenas como mote para uns adjectivos jocosos chamados ao que pede auxílio.
O ónus de ensinar transformou-se no jeito para aproveitar.
E a Culpa?
Vejo, pelo menos, uma... que fica entre o olhar utilitarista que os que "pensam na reforma" lançam aos "moços de recados" e a crise, já que essa, tem culpa de tudo!

Com amor à profisssão mas decepcionada pela falta de cuidado com que está a ser tratada, ou pela falta de cuidado, de todo!

Vemo-nos obrigados a hipotecar os valores que aprendemos e que, outrora, nos fascinaram...

Mas estou Optimista!
Optimista por querer fazer melhor e mais que recados e por saber que ainda há quem, mesmo querendo a reforma, não deixa de lado aquilo que tem orgulho de ser (e que quer ter sempre orgulho de ter sido) - um bom Advogado!

Talvez devamos deixar de fazer depender dos (de nome) patronos e sermos nós, os mais jovens, a inverter esta dura verdade e dizermos, com orgulho em nós e na classe, que somos Advogados!

João disse...

Tarda esse risonho futuro que adivinho na sua coragem um abraço